sexta-feira, 15 de outubro de 2010

I PRÉMIO DE POESIA jorge du val 2010



Por vezes tudo parece escurecer ao meu redor
E sinto-me perdida sem explicação sobre o que me invade
Revejo-me em vazios
Igual ao que me preenche agora...

Queria tanto voltar a sentir como antes
Mas palavras bloqueiam-se por entre os dedos,
E os pensamentos atordoam-se por entre atropelos de feridas que creio, não saradas.

Hoje,
Sou sol desmaiado em manhã de Outono
Sou gota de chuva morna, numa manhã no fim de Setembro
Sou brisa que sopra levemente sem esfriar o rosto de quem toco.

Trago no peito,
...a lembrança que ternamente me aquece a alma,
Já amei, imensamente

Num dia qualquer de Outono.
Hoje,

Não sei como o fazer....

Reparo no esvoaçar das folhas soltas....
Amarelas, entorpecidas e esquecidas.

Sinto-me no entanto preenchida....
...não esvoaço perdida, como elas.

Um dia, vou-me encontrar...numa tarde ensolarada
E saberei que na chegada do Outono, as folhas voltarão a voar
Mas tu, estarás do meu lado.

AP

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